Cuidar da saúde mental de trabalhadores é exigência.

Cuidar da saúde mental de trabalhadores é exigência.

Nos últimos tempos, nosso Sindicato, o Sintracon-SP, vem chamando a atenção, em seus veículos de comunicação, sobre as doenças da mente e casos de assédio nos locais de trabalho.
Mestre na questão, o coronel Edson Ferrarini já esteve em dezenas de canteiros de obras falando sobre as causas de tão delicados assuntos, propondo saídas através do desenvolvimento da autoestima.
Pois bem, diante de tanta repercussão, transtornos de saúde mental e casos de assédio no ambiente de trabalho serão inseridos na Norma Regulamentadora nº 1, que trata sobre segurança e medicina do trabalho nas organizações.
Assim sendo, trabalhadores e trabalhadoras com tais problemas, que levam à depressão a até a morte, passarão a ter a proteção da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1).
A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente, composta por integrantes do governo, sindicatos de trabalhadores e confederações de empregadores, que discute temas de segurança e saúde no trabalho.
De acordo com a decisão, as empresas terão que fazer a gestão desses ambientes de trabalho para evitar o adoecimento mental do trabalhador.
O objetivo é evitar o excesso de sobrecarga de trabalho e, também, dar atenção às questões do ambiente profissional saudável, sem nenhum tipo de violência contra o trabalhador, seja assédio moral, sexual ou de qualquer outra forma.

Afastamento do trabalho
Vale ressaltar que, de acordo com dados da pesquisa Panorama da Saúde Mental nas Organizações Brasileiras, realizada em 2023, os transtornos de saúde mental são responsáveis por 38% de todas as licenças no INSS, mostrando um aumento significativo nos últimos anos.
Fatores como estresse contínuo, a pressão por resultados e a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional são alguns dos que contribuem para o aumento dos problemas de saúde mental no ambiente de trabalho.
A partir da publicação das atualizações da NR-1, as empresas deverão passar a identificar parâmetros psicossociais dentre os relatórios de gerenciamento de riscos, elaborados periodicamente para o cumprimento das exigências de segurança do trabalho.
Antonio de Freitas Pereira
Presidente interino do Sintracon-SP

Compartilhe: